14 junho 2005

A dura realidade

Bem, neste fim-de-semana prolongado dois vultos do passado recente, nos deixaram. Após as suas mortes, documentários e mesas redondas foram o prato forte do dia, onde a imagem das pessoas como figuras marcantes na sociedade transpareceu no seu expoente máximo. Assusta-me algumas coisas na morte, não como irá ser, mas se se lembraram de mim como a pessoa que sou, pela minha maneira de ser e não por feitos ou por importância que poderei ter sobre a sociedade.

Conclusão, o eterno anónimo apenas é recordado pelos mais próximos pela pessoa que é, os notáveis recordados pela sociedade sobre os seu feitos e os notavelmente notáveis são recordados pela sociedade por terem feito algo estrondoso, acarinhados com nomes de ruas ou imortalizados por estátuas.

Lembrando-me de estatuas, a única pessoa que tem uma estatua em Portugal sem estar morta, só mesmo o Eusébio da Silva Ferreirra. E ainda dizem que a cultura futebolistica portuguesa não dá frutos.

Voltando ao tema, acho que prefiro ser o eterno anónimo e ser lembrado pelo caracter eu tenho.

Até já Álvaro Cunhal
Até já Eugénio de Andrade

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