27 janeiro 2006

O regresso não virtual

Ora caros leitores, estou de volta!

Sei que estão a pensar : “ Ah meu malandro, primeiro vicias o pessoal com um blog e depois foges das responsabilidades!”
Mas a boa verdade, também podem imprimir cada post e usar como lenço de papel, utilização bem actual devido a conjuntura sazonal em que vivemos.

O interregno deveu-se a falta de paciência, tempo e alguma falta de confiança de escrita.
Admito: “Mea Culpa”

Ora visto que o meu ultimo post ainda data do ano passado, muitas coisas aconteceram neste nosso mundo redondo e achatado nos pólos e nas mentes!

Posso resumir todos os acontecimentos em news flash!

“Portugal continua com falta de liderança”
“Sócrates nem para manequim servia”
“Novo presidente promete cooperação com governo, vai vetar mais vezes”
“Médio Oriente na mesma”
“Mas aquele Israelita morre ou não?”

É engraçado como o mundo funciona como um relógio, por mais voltas que leve, as coisas batem sempre na mesma! Os problemas continuam os mesmo.

Mas conta a força vã de imaginação de quem tenta solucionar os problemas!
Começo a abraçar o mundo virtual com melhores olhos!
Menos agressivo, menos global mais expansivo!

Temos o direito de escolha..- Não quero ler aquela noticia, não quero falar com aquela pessoa... e num clique faço shutdown ao mundo, encerrado e morto!

A proliferação de conversas virtuais vão, a meu ver, ganhar terreno as conversas de cafés, tertúlias e todos os meios de confraternização física tal como conhecemos.
Com a necessidade de escape, ali criamos o nosso mundo. Ora uma pincelada de azul, ora amarelo ou até preto. Tal como as comunicações aceleram a um ritmo alucinante, também as nossas atitudes e emoções no espaço virtual.
Ora chats, ora messenger, é só escolher e ganhar amizades superficiais!
Olá Como te chamas, o que fazes, quantos anos tens, teclas de onde... Já é mecanizado.

Ontem era o António, Engenheiro Astrofísico de renome internacional.
Hoje sou a Helga, sueca de 28 anos, enfermeira de profissão.
Amanhã? O mundo é meu. Ligo e desligo quando quero.
Até Loki, Deus Escandinavo da mentira, se dobrava perante nós, meros mortais!

Este mundo virtual é tão perverso como benéfico.
Perverso pois não sabemos se quem nos fala é quem é ou se apenas quer ser o que não é.
Perverso em sermos usados como cobaias de novas tecnologias patologias a mais o raio que acaba em “ias”
Benéfico, pois quem está privado de ser quem é pode o ser sem que quem o lê sabe se ele é ou não é, ou se está-se a fazer apenas por diversão.
Benéfico pois a necessidade de um escape a vida real encontra-se no conforto do lar, ora num computador fixo ou portátil. Numa ligação mais ou menos rápida.

Nesta constelação de mundos, quem sou eu? Quem é você?
Já ligou o seu mundo hoje? Ou está a encerrar?