Eu vivi na merda!!!

Num misto de vergonha e alivio, vou partilhar com o meu caro leitor como eu desci tão baixo na vida e como andei eu na merda.

Tudo começou no Domigo glorioso para o SLB. Não sei se foi premonição, mas depois de um alivio fisiologico, a minha sanita recusou-se a colaborar com a intensão de poluir o nosso rio Tejo. Em vez de fazer o percurso normal, a necessidade tomou outra orientação e regressou a minha baneira. Sem reacção, observo o deploravel espectaculo com uma careta que nunca antes tinha expressado.

Restabelecido do choque, encaro a cama com terrivel medo de pesadelos. Como se costuma dizer com um novo dia vem a bonança, mas vos garanto que esse ditado é tão errado como a direção dos dejectos vizinhos que me inundaram a casa. Ora nem Hercules suportaria este trabalho como eu o fiz. Incansavel, retirava tudo o que aparecia bara um balde e depositava num outro esgoto que tenho o orgulho de ser propriatario.

Se pensava que o pior já tinha passado, foram necessárias apenas 10 horas e um telefonema para que essa sensação se dissipasse. Telefono para uma empresa de desentupimento e imploro para uma urgencia, do que me retorquiram que a pessoa encontrava-se na minha zona. Aliviado aguardo a pessoa como de um afamiliar se tratasse. As horas foram passando e mentalmente fazias as contas de quantas horas já tinham passado desdas 17:30. Pedia a todos os santos dos quais não acredito para que nenhuma descarga errante fosse efectuada. Eram 18:30 e entrei em pânico, as pessoas regressavam do trabalho e eu tive a brilhante ideia de escrever cartas para todos os condominos a pedir que não cagassem.

Lá pelas 20 horas, chegou o homem que de forma anestesica retira a sanita mesmo antes de poder esboçar uma cara de desagrado. Aplica uma sonda de metal em espiral e desentope o que estava entupido. Quando vejo a agua de cor duvidosa a desaparecer, parecia que tinha tomado um anestesico, e toda a minha "dor" desaparecera tal como a agua.

Mais aliviado, fui jogar uma futebolada, e quando regressei fiz tudo o que não tinha feito, desde um banho ao que me tinham oferecido de manhã.

Apenas posso dizer que o que vi nada era meu, desde pontas de cigarros que não eram a minha marca, a papeis de limpeza para rabos de bébés e fiquei a saber que a minha vizinha de cima comeu milho...

Eu vivi literalmente na merda...