11 abril 2005

A culpa é das bichas.

E de repente eu, pessoa calma e pacifica, já nem quero ouvir em bichas. Não dá, tive a uma cena de um filme de terror. Eu que nunca desviei a importância do quer que seja, tenho hoje uma voz mais forte que a minha razão. Sem paciência, não consigo perdoar essas tais coisas! Nojentas e asquerosas. Que me desculpem as associações que defendem as bichas, se as existem, mas hoje não consigo ter o discernimento de ponderar as minhas palavras

Foi uma tarefa árdua e muito desgaste. Lutar com duas bichas no mesmo dia não é para qualquer um.

Antes que me chamem de homofónico ou qualquer outro adjectivo, passo a explicar o que se passou com a minha pessoa e a razão da minha indignação.

Imaginem-se num Domingo à tarde onde o sossego reina, apenas rasgado por vozes vindas do sistema Dolby Surround das minhas colunas. Com tecnologia THX e XPTO.
Após o visionamento de um bom filme, “Os incríveis” , nada como saciar a fome e a sede deixada por uns cigarros esporádicos, já apagados no cinzeiro. Desloco-me ao meu “silo”, pé ante pé, chego à portada do meu oásis e deparo-me com um manto fino de agua no chão. Olhando vagamente para o chão, vislumbro uma imagem conhecida lá em baixo. Sim eu conheço essa cara, é a tua cara de embasbacado. Sem reacção, começo a perceber o porque das patas molhadas do meu gato.

Qual chefe da protecção civil, organizo um “ataque” sem precedentes a pseudo piscina , usando um velho truque que todos canalizadores usam, para travar as inundações caseiras. Sim, estou a falar das três armas que socorrem qualquer um, um balde, uma esfregona e toalhas quanto baste. Numa azafama sem precedentes, tomando as precauções necessárias e básicas, arregaço as calças e as mangas e luto desenfreadamente para estancar o rio particular que me foi oferecido.
Após uma luta sem quartel, saio vitorioso ostentando orgulhosamente uma esfregona húmida, um balde cheio de agua e toalhas completamente encharcadas.
Como qualquer tempestade que se preze, a bonança é a senhora que se segue. Retomo o meu lugar no sofá, devorando um jogo de football. Com o guerreiro completamente restabelecido nas suas forças, volto então para a cozinha, para finalmente saciar os meus desejos gastronómicos.

Desta vez nem necessitei de chegar à cozinha, um rio caminhava alegremente pelo hall de entrada. O guerreiro não quer acreditar que a sua guerra contra o mal nunca acaba, pode-se ganhar uma batalha, mas nunca a guerra. Empunhando a esfregona e o balde corre para restaurar a paz e serenidade no seu pequeno mundo. Agora esta batalha era bem mais difícil, pois ele já não dispunha dos recursos por inteiro. As toalhas tinha sido usadas em batalhas antigas. Mas sendo este guerreiro Português, aproveitou ao máximo uma capacidade única, o desenrascanço. Foi a dispensa e retirou de lá todos os rolos de papel de cozinha que lá havia, e desenrolou naquele mar bem mais hostil que o seu antecessor. Após outra grande batalha, lá teve mais senso que coração e desligou as torneiras de segurança onde as BICHAS estavam todas babadas. Raios parta às bichas.

Quem se ri por ultimo, é o que ri melhor.
Nunca subestimem o poder de uma torneira de segurança,

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